Importante iniciar esse conteúdo sobre a psico-oncologia e as emoções, compartilhando 5 fatos importantes sobre o câncer:
- O câncer engloba mais de 100 doenças. Estas têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e/ou órgãos;
- O câncer é a segunda causa de mortes no Brasil e no mundo. A primeira são as doenças cardiovasculares;
- Até 2030, os números tendem a crescer. Podendo chegar a 27 milhões de casos incidentes de câncer. 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, ANUALMENTE, com câncer;
- É um diagnóstico crítico. Porque além do tratamento agressivo e das transformações físicas. O câncer causa um desgaste emocional naqueles que o enfrentam. Tanto para o paciente, quanto para seus familiares ou rede de apoio;
- A Psico-oncologia existe e pode auxiliar muito no combate de toda essa doença.
Diagnóstico
Ao receber o diagnóstico do câncer, as pessoas têm diferentes reações emocionais. Muitas vezes, essas reações se apresentam por comportamentos mais habituais e/ou esperados. Mas, em alguns casos, essas reações podem ser idiossincráticas: derivadas das experiências de cada indivíduo. Por exemplo: um paciente que possui um trauma ou uma perda de um ente querido por câncer. Este reagirá de forma diferente daqueles que nunca tiveram contato com essa doença.
“Tá, Bruna! Mas o que a Psicologia tem a ver com isso?” Então, ao receber o diagnóstico, muitas vezes são identificadas algumas distorções cognitivas (pensamentos distorcidos sobre a situação). Como por exemplo:
- Catastrofização: “eu vou morrer”,
- Abstração seletiva: “eu tenho 10% de chance de não ficar curada” (em que o paciente ignora os 90% de chance de ficar curado e só pensa no pior);
- Polarização: “NADA vai dar certo no meu tratamento ou “TUDO vai dar errado”.
Dentre outros! Então, nesses casos de distorções, a Psicologia auxilia o paciente a compreender melhor o seu caso. Assim, ajuda a identificar as suas crenças e a sua rede de apoio. Como também, determinar o que é real e o que é fantasiado. E desta forma, criam-se estratégias para melhor enfrentamento desse momento.
Além disso, muitas vezes, o psicólogo funciona como uma espécie de “ponte” entre a equipe médica e o paciente e sua família. Porque auxilia na comunicação das notícias. E também pode fazer a preparação para os próximos passos do tratamento. Assim como ajudar no recebimento de um resultado de exame ou no acompanhamento de procedimentos. Por exemplo, a preparação para alguma cirurgia.
O acompanhamento psicológico é essencial para o melhor enfrentamento do câncer. Por isso, recomenda-se buscar apoio. Seja este dentro ou fora do ambiente hospitalar.